Campanha
Uma árdua disputa que retratou o sistema político no âmbito escolar
O turbulento momento que o então grêmio estudantil vivia fez-se com que a direção da escola providenciasse a alteração no estatuto para diminuir o prazo de mandato dos grêmios estudantis, de 2 anos para 1.
Após se reunirem em Assembléia Geral, o então grêmio JURE oficializou o registro de 4 chapas para concorrem ao grêmio estudantil do referido colégio, sendo as chapas: TNR (Trabalho, Novidade e Renovação); FAD (Fazendo a Diferença); GERA (Grêmio Estudantil Renovação e Ação) e G11 (Grupo dos Onze).
As chapas GERA, G11 E FAD eram compostas por alunos do turno da manhã e a TNR por alunos do turno da tarde – que tinham melhores proporções na divisão de votos em todo o colégio, levando em consideração a formação de grupos maiores no turno da manhã.
As disputas refletiram tão bem como funciona o sistema democrático entre uma sociedade, que as eleições ficaram marcadas na história do colégio, obtendo a realização de debates, pronunciamentos, visita a salas de aula, apresentação de projetos, confecção de material de divulgação, etc.
A preservação da democracia está presente nas eleições dos grêmios estudantis de todo país. Valorizar um feito conquistado depois de “derramar tanto sangue” na ditadura militar faz parte do currículo escolar.
Eis que, após muita campanha, o GRUPO DOS ONZE (G11) foi eleita com 35,6% dos votos, totalizando a quantia de 145 votos, uma mínima diferença para a segunda colocada (TNR), que obteve 127 votos.
A G11 demonstrou que a união, o debate e a competência são marcas fundamentais para vencer uma eleição que esteja – para muitos – descomparada.
A pós-vitória
De sala em sala, de aluno em aluno... Os integrantes do novo grêmio estudantil do C. E. Bezerra de Menezes percorreram no dia 03 de Junho de 2011 todas as salas para agradecer a confiança depositada pela maioria dos alunos.
Naquela ocasião, os alunos perceberam que naquele momento surgia uma nova maneira de representatividade. Foi neste momento também que os alunos viram a esperança em ter um grêmio que “caminhasse” junto com a direção e, ao mesmo tempo, reivindicasse seus direitos estudantis. Surgiu naquele momento uma visão diferente dos alunos com seus amigos, concluindo que o direito a liberdade de expressão, ao entretenimento escolar e a representatividade estudantil seria liderada por jovens que tem competência em seus sobrenomes.
Fonte: Apostila "O Início da Batalha", escrito por André Vieira.